terça-feira, 20 de setembro de 2011

O amor tem que ser cego








Disse a ele que era perigoso espiar
E que nada contribuía ao me encarar
Finalizei dizendo, que até sua vida poderia tirar
E então disse tudo que tinha para falar
Sei que nada adiantou implorar
Sua curiosidade era tamanha, que decidiu ousar
Falou que nada adianta amar
Se a quem ele deseja, o mesmo não pode olhar
Apelei que me deixasse e decidi me sacrificar
Contudo não me ouviu e seus olhos vieram a me fitar
Gritei para fechar
Pedi o tempo para parar
E em frações de segundos, ele parou de respirar
A vida parou ali e pedra era oque veia a restar
E de todas as criaturas que matei
Essa foi a única que me deu motivos para chorar





Interpretem como lhe condiz, contudo me inspirei em uma lamentação mitologica envolvendo medusa e seu amado

Um comentário:

  1. Um texto conciso em sua estrutura, mas de uma mensagem incomensurável.
    A intensidade dos sentimentos cintilaram em cada linha a doçura e, ao mesmo tempo, tribulações que "o amar" traz.
    Gostei muito May, parabéns pelo texto.
    Grande beijo!

    ResponderExcluir